Em 'Reduto Azul' com dolos do Cruzeiro, Raul empolga torcida com 'projeo' para final, e Cleison explica ida para 'o outro lado' 5m441

O Cruzeiro realizou nesta tera-feira noite, em um bar na Zona Sul de Belo Horizonte, mais uma edio do evento Reduto Azul e reuniu alguns dos seus dolos para um bate-papo com a torcida sobre a grande final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, no Mineiro. O ex-lateral Sorn mediou as perguntas dos cruzeirenses para grandes nomes como Raul, Cleison, Geovanni, Roberto Gacho, Clio Lcio, Nonato e Marcelo Ramos, que relembraram ttulos diversos, mas principalmente as Copas do Brasil de 1993, 1996, 2000 e 2003.

Sorn conseguiu arrancar de Raul, dolo comum de Cruzeiro e Flamengo, uma projeo para a final desta quarta-feira. Embora o ex-goleiro tenha evitado falar da deciso nas ltimas semanas, justamente pelo ado nos dois clubes, ele no ficou em cima do muro e apontou o favorito para levantar a taa da Copa do Brasil.

”No futebol no adianta chegar, desejar a vitria, falar que vamos ganhar, se no tiver time para isso. E o Cruzeiro tem time para ganhar. Se fizer anlise no conjunto e individualmente, se der a lgica, d Cruzeiro”, cravou Raul, que levou loucura a torcida presente no barzinho.

Como uma das lendas da posio no Cruzeiro e no Flamengo, Raul foi alm e comentou o momento dos goleiros dos dois times antes da deciso. De um lado, o time azul ter Fbio em grande fase. Do outro, os rubro-negros contaro com Alex Muralha, marcado por falhas recentes, presso da torcida e at desqualificao por manchetes de jornais cariocas.

”O Muralha vem de uma srie de jogos de instabilidade, de uma srie de problemas, e no significa que ele no jogar bem. Mas o Cruzeiro est muito mais preparado na posio que o Flamengo hoje. Em caso de necessidade, o Cruzeiro est bem melhor at no banco. No vou falar nem reserva, pois Rafael no , ele uma alternativa. Assim como o Lucas Frana tambm”, analisou Raul.

”A posio de goleiro no a mais importante, mas vai alm porque no tem nada melhor que ter uma cobrana de falta contra o seu time, de pnalti contra o seu time, uma finalizao espetacular, e o goleiro do seu time faz a defesa. L na frente, o jogador diz: ‘estamos bem’. Se o goleiro toma um franguinho, vem uma desconfiana. Quando se tem goleiro com regularidade, o cara olha pra trs e diz: ‘que bom que ele est l’. Ele v que l tem um goleiro. Evidentemente pode falhar um dia, mas um goleiro de nvel falha muito pouco”, acrescentou o dolo comum de Cruzeiro e Flamengo, hoje com 72 anos.

Durante o bate-papo, alguns jogadores revelaram em quem apostam para decidir a final contra o Flamengo. O ex-atacante Roberto Gacho, decisivo na final contra o Palmeiras, em 1996, ao marcar o primeiro gol da vitria por 2 a 1 em pleno Parque Antarctica, disse para quem vai torcer. “Acredito que quem vai fazer o gol do ttulo amanh o garoto Alisson”.

J Marcelo Ramos, autor do gol do ttulo naquele mesmo jogo contra o favorito Palmeiras, quer ver Raniel como heri cruzeirense no Mineiro. “Toro muito e muito para que o Raniel consiga decidir o jogo amanh (quarta). Ele tem histria parecida, veio do Nordeste, eu tambm vim, ele tem futuro, j mostrou seu talento, tem apenas 21 anos. Mas eu toro muito para que ele consiga decidir o ttulo”.

Entre uma pergunta e outra, Cleison acabou tendo que explicar aos cruzeirenses por que aceitou jogar no rival Atltico entre 2000 e 2003. Revelado pelo Cruzeiro e campeo da Copa do Brasil de 1993, sendo inclusive autor do gol do ttulo sobre o Grmio, ele lembrou a difcil deciso de atuar “do outro lado”. “Por que eu joguei no outro lado? De uma vez por todas. Vou falar. Eu estava jogando no Grmio, recebi uma proposta do outro lado e falei: ‘vou pensar’. Liguei para o Cruzeiro, no queria jogar do outro lado, disse que recebi uma proposta do outro lado, s que eu no quero. ‘Vocs (do Cruzeiro) tm interesse?’ Eles responderam que no, pois estavam cheios de volante l. Eu vou ar fome?”, retrucou Cleison. No fim, o ex-jogador, conhecido pela raa e versatilidade, livrou-se da saia justa.