
O ex-lateral Juan Pablo Sorín, de marcantes agens pelo Cruzeiro, usou o Instagram para se manifestar sobre a crise extracampo que acomete o clube. O momento ruim se estende às quatro linhas: a equipe comandada por Rogério Ceni perdeu os últimos três jogos pela Série A do Campeonato Brasileiro. O argentino pediu transparência à cúpula celeste sobre os assuntos do clube.
"Sempre juntos, Cruzeiro! Nas boas e nos momentos difíceis como esse! Abraço para todos os torcedores! Minha esperança azul cristalina é transparente e verdadeira, sem especulação nem interesse político ou econômico, de coração. Hora de reagir, jogar e torcer, unidos, com entrega total pela história, tradição e títulos. E de exigir claridade de todos e em cada um dos temas do clube", escreveu Sorín.
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Ídolo celeste
Sorín teve três agens pelo Cruzeiro (2000 a 2002; 2004; e 2008 a 2009). Ao todo, ele entrou em campo 127 vezes com a camisa 6 da Raposa, marcando cinco gols.
Pela equipe, o argentinou conquistou cinco títulos: Copa do Brasil de 2000; Copa Sul-Minas de 2001 e 2002; Supercampeonato Mineiro de 2002; e Campeonato Mineiro de 2009. Pela Seleção Argentina, o ex-lateral-esquerdo disputou 76 jogos, balançou a rede 12 vezes e foi capitão do grupo na Copa do Mundo de 2006.
Investigações e protestos
Torcedores têm feito constantes protestos por conta da crise celeste. Os principais alvos são Wagner Pires de Sá, presidente, Itair Machado, vice de futebol, e Sérgio Nonato, diretor-geral.
No último dia 14, cruzeirenses espalhados por mais de 40 cidades organizaram manifestações contra a cúpula da Raposa. Foram feitos atos em vários lugares do mundo.
Na última quinta, o Superesportes noticiou o bloqueio judicial de cerca de R$ 10 milhões recebidos pelo clube por conta da venda de Arrascaeta ao Flamengo. O valor, referente à segunda parcela do e do autor de um dos gols da derrota deste sábado, foi retido por conta de um processo movido pela Fazenda Nacional por conta de uma dívida de imposto de renda.
O Superesportes mostrou, também, no fim de agosto, que o Cruzeiro antecipou cerca de R$ 70 milhões em cotas de TV. A negociação comprometeu receitas que iam até 2022. O mandato do atual presidente, no entanto, termina no ano que vem.