Gustavo Nolasco
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DA ARQUIBANCADA 5d4818

Nem s de 6 a 1 se faz uma histria 5b7170

Em 2011, graas ao adversrio minsculo, nos salvamos; agora, essa muleta no nos servir mais 333j5z

postado em 12/06/2019 08:00 / atualizado em 12/06/2019 09:51

<i>(Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)</i>
Ns torcedores do Cruzeiro (real patrimnio e financiadores do clube) estamos entre a cruz e a espada. Viver as delcias ou tristezas ageiras de um resultado em campo ou sair da inrcia, assumindo um papel de protagonista no processo doloroso - e possivelmente traumtico – de resgate da nossa histria centenria?

Se pensarmos no agora, no momento fugaz, o sorteio do nosso adversrio na prxima fase da Copa do Brasil no poderia ter sido melhor. A distncia separando o Atltico de Lourdes dos gigantes do futebol brasileiro poderia ser vista como um oceano de mar calmo. Sob qualquer comparativo, seja ele de ttulos, dvidas, torcida, escola de futebol e principalmente de carter, a goleada a nossa favor vai muito alm de um efmero “6 a 1”.

Por outro lado, cair na bobagem de enxergarmos a Turma do Sapatnis como rivais (algo extinto na dcada de 1990), pode nos jogar em meio a uma cortina de fumaa sonolenta e irreal.

A crise financeira e de moral criada pela cartolagem (de agora e de outrora) no nos permite brincarmos com o futuro prximo. No podemos nos ater s consequncias (positivas ou negativas) do instante, do provisrio, dos trs pontos, de uma simples classificao ou desclassificao num torneio do qual j somos incontestavelmente os maiorais do Brasil.

O que est em jogo no chacotear o vizinho no dia seguinte ao jogo. No nos mais permitido acreditar que, a cada pnalti defendido pelo Fbio, o cncer da sangria dentro da instituio Cruzeiro Esporte Clube se esvair.

Da mesma forma, o desespero causado pelo sensacionalismo no pode nos transformar em massa de manobra de qualquer corrente poltica: seja da atual gesto ou da sua oposio. Isso porque as trocas de diretorias no trouxeram moralidade, modernidade ou transparncia para dentro do clube. Pelo contrrio, o tumor de R$ 500 milhes de dvidas um acmulo de culpa de TODAS elas, negligenciado por um sistema poltico arcaico refletido no seu Conselho Deliberativo.

O respiro desse ms de junho talvez seja o instante ideal no s para decidirmos, como torcida, se vamos ser momento ou histria. Est a para termos a clarividncia de que no podemos usar os resultados dentro de campo como subterfgios daqui para frente.

No que tange s quatro linhas, estamos frente a uma nau aparentemente sem rumo ou pior, viciada num rumo manjado... Sai Pedro Rocha, entra David. Sai

Sass, entra Raniel.... A incapacidade de surpreender tem sido a marca principal do Manobol. S vencemos quando o adversrio ainda mais teimoso, ao ponto de acreditar que o Cruzeiro no jogar na mesmice ttica de sempre.

O respiro de junho pode tambm nos mostrar que a busca por um novo ttulo, seja da Copa do Brasil ou da Libertadores, no pode superar a necessidade de regressar essncia da Academia Celeste, do futebol arte, da categoria de base revelando craques.

Pop, Marco Antnio e Weverton sequer tiveram a oportunidade de jogar uma partida (ou um tempo dela) para - ao menos – surpreender um adversrio ou dar gs a um time cansado. Como um clube que necessita “fazer caixa” se d ao luxo de gastar quase R$ 20 milhes/ano com um nico jogador veterano e no coloca em campo jovens que so ativos do clube?

Se no gramado, junho ser respiro, fora dele, ser furaco. E assim deve ser! O Conselho Deliberativo tem a obrigao de assumir seu papel no de “caa s bruxas” nessa guerra entre grupos polticos. Mas sim a de ar a limpo o modus operandi que serviu TODAS as diretorias irresponsveis com a histria da instituio Cruzeiro.

Em 2011, Zez Perrella esteve perto de jogar na lata do lixo sua histria de multicampeo com presidente do Cruzeiro. Naquela ocasio, beira de uma Srie B, lhe veio a sorte do destino, que lhe reservou pela frente o Atltico de Lourdes, embebido na empfia de seu ex-presidente Alexandre Kalil. Graas ao adversrio minsculo, salvou-se.

Agora, o abismo no poder ser resolvido dentro de campo, independentemente do resultado da prxima fase da Copa do Brasil. Se para os momento efmeros, pudemos contar com um “6 a 1”, agora, para resgatar e salvar a nossa histria centenria, no teremos essa muleta.

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